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Artigos sobre "insegurança"
Temáticas
Vol 5 No 10 (2022)
As meninas não querem mais se divertir: violência baseada em gênero e autocuidado nos subúrbios da Cidade do México
- Miriam Bautista Arias
Palavras-chave: insegurança, recreação, táticas, tráfico, vida cotidiana.
Municípios como Tultitlán, Coacalco e Ecatepec, no Estado do México, fazem parte de um corredor de tráfico de pessoas há vários anos, onde o desaparecimento de mulheres se tornou uma constante; diante desse cenário, os habitantes dessas localidades narram suas experiências de insegurança e medo, suas práticas de autocuidado e mostram como o perigo molda as atividades cotidianas. As histórias dessas jovens mulheres tornam visível a maneira como a violência molda as subjetividades femininas em contextos em que os perigos são inevitáveis e a vida não pode ser interrompida por causa deles; a única alternativa é se adaptar. Na experiência dessas mulheres, o medo não é uma possibilidade distante e aleatória, mas um risco latente e próximo, contra o qual elas conseguem lutar todos os dias, mas sabe-se lá por quanto tempo: todas elas relatam situações de perigo que, por acaso, não se concretizaram. Em particular, o lazer está inscrito em um discurso sobre a impossibilidade de estar seguro em qualquer lugar, de proibição e culpabilização da vítima; a vida noturna, esporádica e limitada, é caracterizada como "destrambelhamento" ou "comportamento imaturo e irresponsável".
Temáticas
Vol 5 No 10 (2022)
Estratégias digitais para a mobilidade diária das jovens mulheres na Cidade do México
- Carmen Icazuriaga Montes
- Gabriela García Gorbea
Palavras-chave: Cidade do México, estratégias digitais para mobilidade, imaginários do medo, insegurança, mobilidade feminina.
Que medidas as mulheres tomam para transitar em um espaço público que elas consideram perigoso? Este artigo analisa como o medo condiciona a mobilidade intraurbana das mulheres na Cidade do México e as ações que elas tomam em resposta. Com base em questionários e entrevistas digitais com mulheres jovens de classe média entre 19 e 30 anos de idade, analisamos o conhecimento que elas desenvolvem para se sentirem mais seguras durante seus deslocamentos. Sua percepção de segurança e medo é condicionada por fatores como gênero, idade, experiência e as áreas pelas quais transitam, e elas desenvolvem várias estratégias de resposta. Essas mulheres usam a tecnologia digital para gerar redes de segurança, transformando a mobilidade em uma atividade que é realizada por meio da copresença virtual e sob uma lógica de cuidado coletivo.