Início " desigualdade
Artigos sobre "desigualdade"
Colóquios interdisciplinares
Vol 6 No 12 (2023)
Comentário ao colóquio "Beyond decoloniality: discussion of some key concepts" (Além da descolonialidade: discussão de alguns conceitos-chave) por - David Lehmann
― Ir para o colóquio principal
Para a criação de novos paradigmas de pesquisa sobre diversidades na América Latina
- Regina Martínez Casas
Este texto aborda a discussão sobre decolonialidade nos estudos sociais sobre a América Latina a partir de diferentes experiências de pesquisa que buscam problematizar o conceito e mostrar que nem toda pesquisa realizada no chamado Sul Global é decolonial. Apresenta também cenários em que o trabalho acadêmico tem justificado a reprodução das desigualdades na América Latina, bem como a discriminação que afeta a região e impede o acesso a modelos de justiça social.
Discrepancias
Vol 4 No 8 (2021)
A pandemia. Ano 2: experiências diferenciadas, dilemas compartilhados e múltiplas reflexões da antropologia médica sobre a COVID 19
- Mark Nichter
- Rosa Maria Osorio
- Sahra Gibbon
- moderador Lina Rosa Berrio
- moderador Paola Maria Sesia
Convidamos três especialistas do campo da antropologia médica para refletir sobre suas respectivas experiências e conhecimentos sobre o México, a Grã-Bretanha, os Estados Unidos e a Índia, todos profundamente afetados pela pandemia, embora de maneiras muito diferentes, e cuja forma de lidar com a pandemia foi orientada em diferentes direções. Isso nos permite contrastar a diversidade das respostas oficiais à crise econômica e de saúde.
Colóquios interdisciplinares
Vol 2 No 4 (2019)
Desigualdades e a re-politização do social na América Latina
- Juan Pablo Pérez Sáinz
A questão social na América Latina foi despolitizada desde a década de 1980, com base na concepção de privação imposta pelas abordagens predominantes da pobreza. Embora posteriormente, devido à importância adquirida pelo problema da desigualdade, a questão do poder não pudesse ser ignorada, foi imposta uma visão que limitou a compreensão do conflito. Neste texto, e com base em uma proposta alternativa para abordar as desigualdades, em que o poder e o conflito ganham destaque, o objetivo é repolitizar o social. Nesse sentido, dois conjuntos de questões são abordados. A primeira tem a ver com a dinâmica de profundo desempoderamento gerada pelo novo modelo de acumulação globalizada, que sustenta a ordem (neo)liberal, e que levou uma parte não negligenciável dos setores subalternos a ser encurralada em uma situação de marginalização social. A segunda é que, apesar disso, há respostas desses setores para resistir a esse desempoderamento e até mesmo revertê-lo parcialmente. Entre essas respostas, foram destacadas a violência, a migração, a religiosidade e a ação coletiva. Conclui-se com reflexões sobre a relevância de pensar sobre as desigualdades a partir dessa perspectiva, a fim de ver como o social, com a ordem (neo)liberal, foi repolitizado de forma ampla e profunda.
Colóquios interdisciplinares
Vol 2 No 4 (2019)
Comentário ao colóquio "Desigualdades e a re-politização das questões sociais na América Latina" por - Juan Pablo Pérez Sáinz
― Ir para o colóquio principal
Desigualdade social na América Latina. Explicações estruturais e experiências cotidianas
- Gonzalo A. Saraví
Palavras-chave: América Latina, classe social, desigualdade, experiência de desigualdade, fragmentação social.
Como parte do colóquio interdisciplinar proposto pela revista Encartes, e com base no texto de Juan Pablo Pérez Sáinz, este texto busca complementar e ampliar o debate sobre a desigualdade social na América Latina. Com o objetivo de ir além de uma visão estritamente econômica do tema, o autor propõe, por um lado, incorporar dimensões sociais e culturais à análise e, por outro, assumir a desigualdade como uma experiência de classe. Essa é a origem de seu conceito de fragmentação social. Inicialmente, o artigo analisa os dados mais recentes sobre a distribuição de renda primária e secundária na América Latina nos últimos 15 anos. Fica claro que esses indicadores não correspondem necessariamente à experiência das diferentes classes sociais, que estão vivenciando uma crescente fragmentação e distanciamento de suas experiências de vida, o que impõe a necessidade de uma abordagem etnográfica da desigualdade. Essa fragmentação dificilmente pode ser compreendida sem uma análise dos mecanismos e processos sociais de classificação social, que legitimam as hierarquias e as lacunas entre as classes sociais. Para o autor, a disparidade na distribuição de renda e riqueza é fundamental para a gênese da fragmentação social, daí a centralidade que ele atribui ao papel que o Estado pode desempenhar.