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Artigos sobre "neoliberalismo"
Colóquios interdisciplinares
Vol 2 No 4 (2019)
Desigualdades e a re-politização do social na América Latina
- Juan Pablo Pérez Sáinz
A questão social na América Latina foi despolitizada desde a década de 1980, com base na concepção de privação imposta pelas abordagens predominantes da pobreza. Embora posteriormente, devido à importância adquirida pelo problema da desigualdade, a questão do poder não pudesse ser ignorada, foi imposta uma visão que limitou a compreensão do conflito. Neste texto, e com base em uma proposta alternativa para abordar as desigualdades, em que o poder e o conflito ganham destaque, o objetivo é repolitizar o social. Nesse sentido, dois conjuntos de questões são abordados. A primeira tem a ver com a dinâmica de profundo desempoderamento gerada pelo novo modelo de acumulação globalizada, que sustenta a ordem (neo)liberal, e que levou uma parte não negligenciável dos setores subalternos a ser encurralada em uma situação de marginalização social. A segunda é que, apesar disso, há respostas desses setores para resistir a esse desempoderamento e até mesmo revertê-lo parcialmente. Entre essas respostas, foram destacadas a violência, a migração, a religiosidade e a ação coletiva. Conclui-se com reflexões sobre a relevância de pensar sobre as desigualdades a partir dessa perspectiva, a fim de ver como o social, com a ordem (neo)liberal, foi repolitizado de forma ampla e profunda.
Colóquios interdisciplinares
Vol 1 No 1 (2018)
Comentário ao colóquio "Global Right Turn and the Relevance of Anthropology" (Virada à direita global e a relevância da antropologia) por - Gustavo Lins Ribeiro
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Breve comentário
- Claudio Lomnitz
Palavras-chave: desafios da antropologia, ensino, neoliberalismo.
Lprimeira tentação que nossa disciplina deve evitar é achar que sempre esteve certa e que tudo já foi dito ou previsto pelas gerações passadas. Essa atitude pouco contribuirá para aprimorar o papel político ou cultural da antropologia, por mais gratificante que seja adotá-la, especialmente para os mais velhos, que geralmente sentem a necessidade de estar certos sobre alguma coisa. Pelo contrário, teremos de mudar práticas, rotinas e lugares-comuns em nosso campo e, acima de tudo, em seu ensino; somente assim mereceremos novamente um lugar digno no debate público.