Início " Fabiola Alcalá Anguiano
Fabiola Alcalá Anguiano é PhD em Comunicação Audiovisual pela Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona. É professora pesquisadora do Departamento de Estudos de Comunicação Social da Universidade de Guadalajara e coordenadora da Rede de Pesquisadores de Cinema de Guadalajara (vermelho). Suas principais linhas de pesquisa são análise de filmes, documentários e estudos visuais.
Realidades sócio-culturais
Vol 6 No 12 (2023)
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Biografias no Cinema do Real de Werner Herzog. Discursos para lembrar e pensar sobre o presente
- Fabiola Alcalá Anguiano
O cinema da realidade se baseia na realidade para refletir sobre ela. Ele difere do documentário tradicional por não ter pretensões de objetividade. Werner Herzog fez mais de cinquenta filmes sobre o real, incluindo uma série de retratos de pessoas extraordinárias. Dois deles serão discutidos neste texto: Meeting Gorbachev e Nomad: In the Footsteps of Bruce Chatwin. Ambos os filmes têm como objetivo contar uma história biográfica que tenha implicações para o presente. Assim, por meio desta análise, propõe-se refletir sobre as formas de recordação, a entrevista e a performance como técnicas do cinema do real. A análise é dividida nas partes do discurso retórico: argumentos, ordem e figuras retóricas, a fim de verificar como é construída a versão dessas histórias que contam dados biográficos, mas também refletem sobre o presente.
Temáticas
Vol 1 No 2 (2018)
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Participação na produção de filmes antropológicos: o caso do Question Bridge, da instalação de vídeo à interface colaborativa on-line
- Ariadna Ruiz Almanza
- Carmen Lucía Gómez Sánchez
- Fabiola Alcalá Anguiano
Ca era digital, o surgimento de formatos não lineares de documentários no espaço on-line representa um cenário propício para a simbiose entre diferentes fronteiras: a reconfiguração do meio e das práticas, a expansão das modalidades de participação e a conversão dos sujeitos da representação em autores do texto audiovisual. Como podemos pensar em um documentário que transcenda a tela única, o formato linear, que nos inclua como coautores da obra, em um produto em que a participação é central? Para analisar esse fenômeno, tomamos como estudo de caso o documentário antropológico Question Bridge (2012-atual), um projeto sobre identidade e masculinidade na comunidade afro-americana, que coloca em pauta as possibilidades e o escopo da participação no filme.