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Vol 3 No 5 (2020)
Centralidade dos sentidos: os movimentos de uma pessoa cega pelo centro da Cidade do México
- Miguel Ángel Aguilar Díaz
Ecampo dos estudos sensoriais ainda é um campo acadêmico em desenvolvimento, mas as contribuições de várias ciências sociais começaram a formar um conjunto de conhecimentos relevantes. Ao pensar na vida nas cidades como uma experiência sensorial, surgem várias questões sobre a preponderância de um sentido sobre os outros ou sobre a maneira como os sentidos são socialmente estruturados e, a partir disso, surgem questões sobre a diferenciação em seu uso e significado. Este texto explora esse tema com base em uma entrevista em profundidade e em uma caminhada pelo centro da Cidade do México com uma pessoa cega. Esse testemunho destaca a importância do mundo sensível pelo qual eles caminham. As estratégias de orientação, a memória sensível e a elaboração de mapas mentais sequenciais são cruciais para o movimento, assim como as texturas, os cheiros e os sons. Portanto, é possível pensar na existência de uma ordem sensorial com base na qual as rotas e as interações são estruturadas. A narrativa do movimento também é importante na medida em que molda a experiência, torna-a comunicável e define o narrador.