Rodolfo Stavenhagen (1932-2016) é PhD em Sociologia pela Universidade de Paris. Lecionou na Universidade de Stanford, na Universidade de Harvard, na Universidade de Sevilha, na UNAM, em Paris, em Genebra e na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Foi pesquisador do Centro de Estudos Sociológicos do El Colegio de México. Especialista em sociologia agrária, minorias étnicas, direitos humanos, conflitos étnicos, povos indígenas e desenvolvimento social, foi um dos mais importantes estudiosos do ambiente agrário no México. Em 2001, a Comissão de Direitos Humanos da ONU o nomeou Relator Especial sobre a situação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais dos povos indígenas. Recebeu vários prêmios, incluindo o Prêmio Nacional de Ciências e Artes e o Prêmio Boutros Boutros-Ghali concedido pela Fundação de Apoio às Nações Unidas. Suas publicações incluem A questão étnica (2001), y Conflitos étnicos e o Estado-nação (2000).

Entrevistas

Testemunhos autobiográficos. Parte dois: Marxismo e colonialismo interno.

Entrevista com
  • Rodolfo Stavenhagen

  • Guillermo de la Peña

A primeira parte desses depoimentos foi publicada na edição anterior da Encartes. Nela, Rodolfo Stavenhagen falou de episódios de sua infância e início da juventude: seus primeiros anos no México, sua descoberta da antropologia e suas experiências com o indigenismo. Esta segunda parte salta para a década de 1960: o doutorado em Paris, seguido de dois anos de trabalho profissional no Brasil, culminando com o retorno ao seu país de adoção.

Entrevistas

Testemunhos autobiográficos. Primeira parte

Entrevista com
  • Rodolfo Stavenhagen

  • Guillermo de la Peña

Rodolfo Stavenhagen (1932-2016) foi um dos cientistas sociais mais importantes da América Latina nas últimas seis décadas. Ele viveu e participou de momentos e cenários significativos na história do México e do mundo: de "tempos interessantes", como diria Eric Hobsbawm (fazendo alusão ao provérbio chinês: "Deus nos salve dos tempos interessantes"). Em várias ocasiões durante o segundo semestre de 2015, Rodolfo concordou em conversar comigo sobre sua vida e seu trabalho. Eram conversas informais e, para mim, fascinantes, nas quais ele espontaneamente deixava sua memória fluir, enquanto desfrutávamos de uma boa tequila no terraço de sua casa em Cuernavaca. Eu não estava apenas interessado em explorar seu desenvolvimento intelectual no contexto da academia mexicana, americana, francesa e latino-americana, mas também queria entender a busca moral de um ser humano comprometido com suas circunstâncias.