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Entrevistas
Vol 3 No 6 (2020)
A interminável primavera feminista do México
Entrevista com - Gabriela Cano
- Arcelia E. Paz Padilla
Adiscussão dessa entrevista girou em torno da história de como as mulheres puderam votar e ser votadas no México, um capítulo histórico que parecemos considerar garantido. Também aproveitei a oportunidade para conversar com a Dra. Cano sobre as implicações feministas dessa inclusão, a visibilidade de certos ativistas e sua recente incursão no mundo viral dos memes cibernéticos.
Encartes Multimídia
Vol 3 No 5 (2020)
Altares que vemos, significados que não conhecemos: sustentação material da religiosidade vivida
- Anel Victoria Salas
- Renée de la Torre Castellanos
Palavras-chave: altares, catolicismo popular, estética, imagens religiosas, materialidade, religiosidade vivida.
Este trabalho consiste em um ensaio fotográfico sobre altares domésticos, acompanhado de narrativas de seus proprietários, e tem como objetivo abordar a religiosidade católica praticada cotidianamente em espaços não eclesiásticos. O trabalho etnográfico (baseado em registros fotográficos e entrevistas) concentra-se na materialidade dos altares (que tornam as crenças visíveis) e nas narrativas que explicam os significados simbólicos, as apropriações e os usos das imagens católicas na vida cotidiana dos fiéis. Abordamos três cenários nos quais os altares são montados e praticados: domésticos (geralmente são privados e individuais e se encontram dentro dos lares); semiprivados (em locais de trabalho, como escritórios, bancas de mercado, cantinas e oficinas), que, embora sejam cuidados por uma pessoa, não são de uso exclusivo, ficam expostos e, às vezes, são motivo de práticas dos que frequentam aquele local; e públicos (de rua ou de bairro), que são colocados em espaços abertos (em uma calçada, praça ou esquina) e ativam práticas coletivas e são até mesmo salvaguardados por uma comunidade. Consideramos que essa é uma nova proposta metodológica para abordar a compreensão das experiências religiosas e suas lógicas não eclesiásticas.
Realidades sócio-culturais
Vol 2 No 3 (2019)
Pesquisa social e ação política no contexto da violência. Reflexões sobre minha experiência com a Community Press na Guatemala.
- Santiago Bastos
Palavras-chave: comunidades, desapropriação, Guatemala, pesquisa colaborativa.
Dpós o genocídio da década de 1980 e o processo de paz na Guatemala, foi iniciado um processo de desapropriação territorial vinculado à atividade de indústrias extrativas e megaprojetos. A resposta foi a mobilização das comunidades afetadas, que se tornou o eixo da organização indígena e antineoliberal no país, à qual o Estado respondeu com a deslegitimação, a repressão e a criminalização dos líderes ativistas e das autoridades comunitárias. Nesse contexto, um grupo de ativistas me convidou a participar de um projeto político para acompanhar essas comunidades por meio de análise, disseminação e reflexão. O mesmo contexto forçou o projeto a se tornar uma iniciativa de comunicação alternativa - Imprensa Comunitária - e ações contra a criminalização. Neste texto, reflito sobre minha experiência nesse espaço e nesse processo, como um caso de uso político da profissão de pesquisador social. Enfoco os desafios e as possibilidades dos processos em que as ciências sociais são transpostas em ferramentas de ação comunicativa e jurídica, e mostro as tensões que estiveram presentes.
Discrepancias
Vol 1 No 2 (2018)
Nação e racismo. O 12 de outubro na construção das sociedades latino-americanas.
- Alejandro Grimson
- Alicia Castellanos
- Irma A. Velásquez Nimatuj
- moderador Santiago Bastos
Palavras-chave: 12 de outubro, América Latina, nação, racismo.
Eo dia 12 de outubro de 1492, os navios fretados pela Coroa de Castela, sob o comando do Almirante Cristóvão Colombo, desembarcaram no que mais tarde seria conhecido como América. Essa data é tão carregada de simbolismo que faz parte dos calendários cívicos de quase todos os países do subcontinente, referindo-se à relação entre a "pátria mãe" e as repúblicas, suas "filhas", apesar das independências sacralizadas. Aproveitamos essa data para perguntar a três cientistas sociais como se dá, em seus respectivos países, a relação sempre conflituosa das repúblicas latino-americanas com suas origens coloniais, com as populações originais e com o legado crioulo em sua formação como nações.
Discrepancias
Vol 1 No 1 (2018)
Discrepâncias em torno da Lei de Segurança Interna
- Alejandro Madrazo Lajous
- Julia Estela Monárrez Fragoso
- Salvador Maldonado
- moderador Manuela Camus Bergareche
Em dezembro de 2006, o presidente mexicano Felipe Calderón declarou uma "guerra às drogas" e levou o exército às ruas para enfrentar grupos criminosos. Essa tarefa de segurança pública não corresponde especificamente às funções das forças armadas e, entre outras consequências, levou a um aumento desproporcional de homicídios e desaparecimentos no país. Apesar disso, foi apresentada a Lei de Segurança Interna, que institucionaliza esse processo de militarização e justifica, regulamenta e legaliza o papel das forças armadas na luta contra o crime organizado. Muitas questões surgem nesse contexto e esperamos que os convidados desta seção de Discrepâncias contribuam para animar o debate, talvez para esclarecê-lo.