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Temáticas
Vol 5 No 9 (2022)

Consertando a imagem: subjetividades e anseios nos arquivos fotográficos de Michoacán, México.
- Gabriela Zamorano Villarreal
Este ensaio examina as práticas de fotomontagem em contextos rurais de Michoacán, México, para perguntar como os usos sociais da fotografia estão intimamente ligados a subjetividades coletivas e afetos de perda, entre histórias de migração e ciclos recorrentes de violência. Essas práticas visuais não podem ser compreendidas sem que se preste atenção aos aspectos intrínsecos da tecnologia fotográfica, como seu caráter indexical, sua materialidade, sua artificialidade e sua ancoragem temporal. Aqui, uma leitura cuidadosa do conceito de "o obtuso" proposto por Roland Barthes revela como as técnicas de fotomontagem, nas mãos de fotógrafos locais, geram efeitos visuais e deslocamentos por meio da manipulação de detalhes sutis que contribuem para recriar, mas também para subverter, os "modos de ver" entre os habitantes da região.
Encartes Multimídia
Vol 4 No 7 (2021)

Śiva: nada disso desaparece, apenas se transforma. Antropologia visual da arte mitológica urbana
- Arturo Gutiérrez del Ángel
- Greta Alvarado Lugo
Eeste ensaio procura mostrar, por meio de uma singularidade de imagens, como os mitos, em uma de suas múltiplas ramificações expressivas, se materializam de forma narrativa no que chamamos de expressões plásticas do bom andante. Suas unidades mínimas operam com significantes construídos em uma multiplicidade de objetos que remetem o andante a significados ligados àqueles seres da ação universal. Para demonstrar nossa hipótese plástica, exemplificaremos o complexo mitológico relacionado a Śiva, uma das divindades mais marcantes da cosmogonia indiana, fazendo referência a várias manifestações e presenças desse deus nas ruas coloridas da Índia.
Encartes Multimídia
Vol 3 No 5 (2020)
Altares que vemos, significados que não conhecemos: sustentação material da religiosidade vivida
- Anel Victoria Salas
- Renée de la Torre Castellanos
Palavras-chave: altares, catolicismo popular, estética, imagens religiosas, materialidade, religiosidade vivida.
Este trabalho consiste em um ensaio fotográfico sobre altares domésticos, acompanhado de narrativas de seus proprietários, e tem como objetivo abordar a religiosidade católica praticada cotidianamente em espaços não eclesiásticos. O trabalho etnográfico (baseado em registros fotográficos e entrevistas) concentra-se na materialidade dos altares (que tornam as crenças visíveis) e nas narrativas que explicam os significados simbólicos, as apropriações e os usos das imagens católicas na vida cotidiana dos fiéis. Abordamos três cenários nos quais os altares são montados e praticados: domésticos (geralmente são privados e individuais e se encontram dentro dos lares); semiprivados (em locais de trabalho, como escritórios, bancas de mercado, cantinas e oficinas), que, embora sejam cuidados por uma pessoa, não são de uso exclusivo, ficam expostos e, às vezes, são motivo de práticas dos que frequentam aquele local; e públicos (de rua ou de bairro), que são colocados em espaços abertos (em uma calçada, praça ou esquina) e ativam práticas coletivas e são até mesmo salvaguardados por uma comunidade. Consideramos que essa é uma nova proposta metodológica para abordar a compreensão das experiências religiosas e suas lógicas não eclesiásticas.