Fabricação de Tuba no México e nas Filipinas. Quatro séculos de história compartilhada

Recebido: 8 de maio de 2018

Aceitação: 26 de setembro de 2018

Sumário

O principal objetivo deste documentário é mostrar a arte de fazer tuba em dois lugares geograficamente distantes, mas ligados pela história: Colima, no México ocidental, e Bohol, nas Filipinas. Tuba é uma bebida feita da seiva da palmeira (Cocos nucifera L.), cuja técnica foi introduzida no oeste do México no século XVII, graças aos filipinos que chegaram a bordo do Manila Galleon. O público poderá aprender, a partir de uma perspectiva comparativa, sobre os processos de sua elaboração, suas formas de consumo e comercialização, assim como sua importância cultural em seus respectivos contextos.

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Produção de tubos no México e nas Filipinas: quatro séculos de história compartilhada

O objetivo principal do documentário é retratar a arte de tuba-fazendo em duas áreas geográficas distintas que estão, de fato, historicamente ligadas: Colima, no oeste do México, e a cidade de Bohol, nas Filipinas. Tuba é um vinho feito a partir da seiva do Cocos nucifera L. palma, uma técnica que chegou ao oeste do México a bordo dos embarques da Espanha imperial Manila Galleon do século XVII. Com base em uma perspectiva comparativa, o público aprende seus processos de produção, como é consumido e vendido e sua importância cultural em seus respectivos contextos.

Palavras-chave: Tuba (vinho de palma), Filipinos, Colima, Bohol (Filipinas), o Manila Galleon.

O Contexto: Imigração Asiática Primitiva para o México

Há mais de quatro séculos, milhares de asiáticos viajaram por todo o Pacífico via Manila Galleon, estabelecendo-se na Nova Espanha (agora México). Muitos desses indivíduos - a maioria filipinos - se estabeleceram permanentemente ao longo da costa do Pacífico do México. Ao mesmo tempo, houve outro evento que acompanhou este fenômeno migratório: a introdução de plantas tropicais da Ásia, que se aclimataram muito rapidamente nos mesmos lugares onde os filipinos se encontravam. Foi assim que um tipo de interação homem-natureza foi transferido para o solo da Nova Espanha, onde o uso e o manejo do coqueiro pelos filipinos logo se enraizou neste lado do Pacífico.

De acordo com Déborah Oropeza, entre 1565 e 1700, cerca de 7.200 asiáticos entraram na Nova Espanha, dos quais cerca de 5.000 ficaram permanentemente na Nova Espanha, principalmente em três regiões: a) Cidade do México e seus arredores, b) a costa do Mar do Sul (de Colima a Zacatula), e c) Acapulco (Oropeza, 2007: 80-104). É claro que a imigração dos "indianos chineses" - como a maioria dos asiáticos foi chamada quando chegaram à Nova Espanha - não tem paralelo com o influxo da população africana, pois se levarmos em conta que entre 1594 e 1674 aproximadamente 72.100 escravos africanos entraram através de Veracruz (Vega, 1984: 186), isto significa que a população asiática representaria, no máximo, 10%. Apesar da proporção menor, a importância da população asiática era evidente nas áreas rurais da costa mexicana do Pacífico, onde deixaram sua marca na alimentação, arquitetura, cultura material e até mesmo em algumas práticas simbólicas na religião e no jogo (Machuca e Calvo, 2012; Machuca, 2016).

Assim, no caso dos filipinos na Nova Espanha, estamos enfrentando o mais importante fenômeno migratório transcontinental indígena no âmbito do império espanhol - com exceção do caso dos escravos africanos - por pelo menos três razões: a) a distância percorrida entre o local de origem e seu destino, b) o número de indivíduos que cruzaram o Pacífico e, acima de tudo, o número de indivíduos que cruzaram o Pacífico, c) a marca cultural que deixaram nos lugares onde se estabeleceram.

Uma história, um documentário

Um dos objetivos do documentário foi destacar o legado dos filipinos na sociedade de Colima, através de seu trabalho como produtores e vendedores de tuba (tuberos). Uma de suas transferências históricas ainda está preservada na cidade de Colima, capital do estado do mesmo nome, localizada na costa do Pacífico do México. Lá, o resultado mais óbvio e de curto prazo foi a produção de uma bebida de origem filipina, chamada tuba -A palavra é de origem malaia, que hoje é um dos elementos mais importantes da identidade de Colima, "a cidade das palmeiras". Mas com o passar do tempo, a impressão desta herança asiática foi apagada na memória do povo de Colima: para eles, o coqueiro é nativo, e o tuba remonta aos tempos pré-hispânicos, onde se diz que o "Rei Coliman", o mítico chefe pré-hispânico, de acordo com a história local, já costumava tomar tuba.

O que é o tuba? Já me referi a ele em várias ocasiões, por isso é hora de esclarecer o termo. O tuba é uma bebida feita a partir da seiva da palmeira. Os tubérculos cortam delicadamente a gema ou inflorescência da palmeira, da qual emana um líquido viscoso; este é coletado em pequenos recipientes de barro, madeira ou plástico, dependendo da região, que os tubérculos penduram e guardam ciosamente. Estes cortes são feitos duas vezes ao dia, uma de manhã e outra à tarde. No total, cerca de 1,5 litros de tuba por palmeira em um dia inteiro. Em Colima, após ter sido coletada, a tuba Este último envolve todo um processo de preparação, detalhado no documentário, e é oferecido como uma bebida refrescante e medicinal.

Nas Filipinas, o tuba é uma bebida ancestral, muito provavelmente com milhares de anos. É bem conhecida em suas três regiões (Luzon, Bisayas e Mindanao), e é produzida e consumida nos bairros populares de Luzon, Bisayas e Mindanao. barangays. Lá, o processo de extração é quase o mesmo que em Colima, o que muda é a maneira como é consumido: após ser coletado, ele é deixado fermentar por alguns dias para se tornar uma bebida alcoólica que atinge 7-8 graus de volume alcoólico. Entretanto, os filipinos atualmente não sabem que ela é feita no México. tuba e que foram seus ancestrais que o introduziram aqui. Também no arquipélago, parte da memória histórica foi apagada, e nem o Manila Galleon nem os laços com o México têm um lugar na história nacional contada na educação pública, enquanto a prática do espanhol desapareceu.

Assim, a partir desses elementos do passado e do presente, senti que havia uma história para contar, e a mensagem tinha que alcançar um público mais amplo do que os especialistas acadêmicos. A realização deste documentário, Fabricação de Tuba no México e nas Filipinasé o produto desse esforço. As páginas seguintes, breves e bem escritas, têm como objetivo apresentar os elementos centrais que giram em torno deste produto. Por um lado, trata de um tema pouco estudado na historiografia: os movimentos transcontinentais dos povos indígenas e a primeira migração asiática para as Américas. A abordagem oscila entre a micro-história e a macro-história e o metodologia leva em conta a chamada história regressiva (Wachtel, 2014), na qual as ferramentas da antropologia, como as etnografias, associadas à documentação do passado permitem uma visão muito mais ampla e ainda mais precisa.

Abordagens e metodologias: um jogo de escalas entre o micro e o macro

A história atual, preocupada com a geopolítica, com as grandes interações entre os blocos e atenta à construção e deslocamento dos impérios, aparentemente presta pouca atenção aos minúsculos destinos. Quando se trata deles, sob a forma de micro-história, dificilmente se conecta com o grande, "global". Entretanto, é isso que as novas tendências historiográficas estão tentando fazer, para chegar a uma compreensão dos fenômenos "macro" como um todo, partindo de realidades "de baixo", onde o indivíduo vive, se move, age em seu ambiente, o que tem sido chamado de "macro". Microhistória Global. O fato de várias centenas de filipinos terem chegado à costa de Colima a partir da segunda metade do século XVI, juntamente com algumas de suas sementes de plantas asiáticas, que transformaram a paisagem, o modo de vida, a realidade do povo Colima de hoje, pode ser considerado macro-história? Ou é antes micro-história? Talvez o entrelaçamento dos dois no cadinho da história. O que importa é a tensão de um fio que se une ao outro, que faz com que a vida de Colima do século XVII tenha sua conclusão em Colima do século XXI, nesta "cidade de palmeiras" quente e tropical.

Além da abordagem historiográfica, um segundo elemento que precisa ser levado em conta é a metodologia, já que escrever a história do intercâmbio cultural entre o México e as Filipinas na época do Manila Galleon requer necessariamente o uso das próprias ferramentas do historiador - os arquivos - mas também o trabalho antropológico - etnográfico. Os documentos históricos fornecem apenas informações parciais ou escassas sobre estes fenômenos sócio-culturais, enquanto que o trabalho de campo reflete as realidades do presente em que parte da memória do passado foi modificada. Trata-se, à sua maneira, de uma história regressiva. à la Wachtel (2014), na qual se trata de recuperar o passado dentro do presente. É também o que na historiografia anglo-saxônica é conhecido como o upstreamingou seja, o uso de estudos etnológicos contemporâneos para interpretar sociedades passadas (White, 2009: 27).

Uma narrativa a partir do visual: os desafios do cinema documental

A transição de uma linguagem escrita para uma linguagem visual não é uma tarefa fácil para um historiador. Normalmente, tem-se poucos meios materiais à disposição, mas a motivação principal é que o trabalho deve ser realizado em uma modalidade diferente da habitual, ou seja, passar de um livro ou artigo científico para um trabalho audiovisual; passar de um público acadêmico para um público mais geral. Este documentário teve quatro suportes principais: o trabalho de arquivo, o trabalho de campo, a busca de financiamento e a produção audiovisual.

a) Trabalho de arquivo. O Arquivo Histórico do Município de Colima constitui o arquivo documental mais importante para o apoio acadêmico da pesquisa. As informações mais detalhadas sobre a vida dos "vinateros" filipinos estão localizadas ali, embora o Arquivo Histórico do Estado de Colima e o Arquivo Geral da Nação (Cidade do México) me permitiram complementar as informações. A partir destas fontes publiquei alguns artigos e capítulos de livros, nos quais refleti sobre a inserção dos filipinos na sociedade Colima do século XVII (Machuca, 2014; Machuca, 2015).

b) Trabalho etnográfico. O trabalho etnográfico foi realizado em momentos diferentes. Entre 2012 e 2013, realizei entrevistas detalhadas com tubérculos de Colima (México) e Bohol (Filipinas), o que me permitiu aprender sobre in situ o processo de desenvolvimento tuba. O ambiente em Colima era, é claro, mais familiar para mim. O de Bohol, na Bisayas Central das Filipinas, representava maiores desafios: muitos dos tubérculos (chamados mangueiras) não falava inglês, mas apenas Baya, por isso confiei em colegas da Universidade Ateneo de Manila para algumas traduções.1

c) Financiamento. Existem poucas fontes de financiamento para a produção de documentários, pelo menos para não-profissionais na área de produção multimídia. Este documentário envolveu altos custos, tanto para viagens às Filipinas quanto para filmagens em Colima com todo o equipamento de produção multimídia. Isso sem mencionar a parte de pós-produção. Os recursos limitados foram compensados graças ao apoio de várias instituições: minhas viagens às Filipinas entre 2012 e 2013 foram feitas, em parte, graças à Academia Mexicana de Ciências, que me concedeu a Bolsa de Estudos para Mulheres nas Humanidades em 2011. As gravações em Colima foram feitas graças a um projeto do PACMYC e da Secretaria de Cultura do Governo do Estado de Colima em 2013, e a pós-produção não teria sido possível sem a Área de Produção Multimídia do Colégio de Michoacán, juntamente com a Prefeitura de Colima (2012-2015).

d) Plataformas digitais. O documentário foi apresentado em formato DVD a partir de dezembro de 2013, com uma produção de 500 cópias. Foi exibido em alguns cinemas de Colima, Jalisco e Michoacán, e as cópias foram rapidamente esgotadas. Portanto, em 2017, El Colegio de Michoacán decidiu fazer o upload para a plataforma YouTube, para que pudesse ser visto internacionalmente. Está em andamento um projeto para legendá-lo em inglês, para que possa alcançar um público mais amplo.

Em conclusão: os processos de identidade local ou a "invenção da tradição".

Fotografia 1: Hugo Fierros (pai), o "índio tubérculo". Fotografia de Paulina Machuca (2013).

Há vários anos, o Sr. Hugo Fierros, um montador de tubulações na Rua Madero, na cidade de Colima, decidiu vestir-se de "índio", com um terno de manta e um lenço vermelho. Para ele, era uma forma de relacionar seu trabalho com a tradição de Colima: o tuba e o "índio", o nativo. Foi também uma forma de atrair a atenção dos transeuntes, o que valeu a pena. Ele é apelidado de "índio" tubérculo (foto 1). Mas quando perguntado se ele sabia que o tuba era uma bebida de origem filipina, ele deu sua própria versão: que até o rei Coliman a bebeu. tuba nos tempos pré-hispânicos. A opinião do Sr. Fierros é compartilhada por muitos colimenses, para quem a bebida é um elemento nativo, que pode muito bem remontar ao período anterior à chegada dos espanhóis. Isto faz lembrar a conhecida frase de Eric Hobsbawm, para quem as tradições "aparecem ou afirmam ser antigas, são freqüentemente de origem recente, e às vezes são inventadas" (Hobsbawm, 1987). Essa foi uma das reflexões finais do documentário, que o tuba assumiu um status de naturalização entre o povo de Colima, junto com o coqueiro. O tuba e os tuberos de Colima também têm seus cantos, seus corridos e até mesmo seu monumento no Jardín Núñez central, na capital de Colima. Em Bohol, por outro lado, é uma bebida bastante desacreditada, uma "bebida dos pobres", associada à marginalidade, talvez como o pulque no México.2

Cinco anos após o documentário

Fotografia 2. Hugo Fierros (filho), na posição atual da tuba. Fotografia de Paulina Machuca (2018).

Em fevereiro de 2018, desci a rua Madero, onde as principais bancas de venda tuba na cidade de Colima. É algo que faço com freqüência, mas notei que algo havia mudado: foram-se aquelas pequenas mesas de madeira improvisadas com suas toalhas de mesa de plástico coloridas, mas em vez disso encontrei bancas fixas, enfeitadas com motivos típicos de Rangelianos (foto 2).3 Após uma breve conversa com o jovem tubérculo Hugo Fierros (filho), ele me disse que a Prefeitura de Colima os apoiou com estas estruturas, em reconhecimento ao seu trabalho e para atrair mais turismo. Perguntei-lhe se ele sabia de onde tinha vindo a idéia, porque no documentário Fabricação de Tuba no México e nas Filipinas Usamos os elementos angelianos na iconografia e em algumas das animações, o que me fez pensar que talvez houvesse alguma conexão. Ele me disse que a idéia tinha vindo das autoridades e não sabia mais; mas revelou que após o documentário, clientes estrangeiros vieram com ele, ele se lembrou de alemães e, sobretudo, de americanos, que lhe disseram que tinham visto no YouTube.

Eu disse a Hugo que escreveria um texto sobre a experiência do documentário, e ele me pediu enfaticamente para mencionar que ele não tinha recebido seu posto Rangeliano, pois o que ele estava usando era o de seu pai. "Não sei por que não me deram meu correio, se eu o pedi muitas vezes". Hugo pensou que, se eu expressasse sua preocupação, ele teria seu tubérculo mais rapidamente, dando-me uma autoridade que ele, de acordo com seu próprio critério, não tinha. Isto me fez pensar sobre o papel dos acadêmicos em nosso trabalho, sobre as implicações sociais de nosso trabalho, sobre nosso posicionamento diante das demandas de um grupo, além das reflexões teóricas e metodológicas de nosso próprio trabalho científico.

Especificações técnicas

Realização: Paulina Machuca

Produção: El Colegio de Michoacán, PACMYC Colima, H. Ayuntamiento de Colima (2012-2015).

Edição, pós-produção, design e animação: Nery Prado

Produtor Executivo: Carlos Antaramián

Assistentes de produção: Eva Alcántar

D.R. Paulina Machuca, 2013

Tempo de duração: 47'37 minutos / México, 2013

Idioma: espanhol

Vídeo: DVD NTSC Full HD

Bibliografia

Hobsbawm, Eric (1987). “Inventando tradiciones”. Historias, núm. 19, octubre.

Machuca, Paulina (2016). “Tras las huellas del mestizaje cultural entre México y Filipinas”,

en Thomas Calvo y Paulina Machuca (eds.). México y Filipinas: Culturas y memorias sobre el Pacífico . Zamora: El Colegio de Michoacán/ Ateneo de Manila University, pp. 384-401.

_____________ (2015) “Les ‘Indiens chinois’ vinateros de Colima: processus d’insertion sociale dans les haciendas de palmes du XVIIè siècle”. Diasporas. Histoire et sociétés, núm. 25, pp. 121-137.

______________ (2014) “El arte de hacer tuba en México y Filipinas: una aproximación etnohistórica”, en Angela Schottenhammer (coord.), Tribute, trade, and smuggling: commercial, scientific and human interaction in the Middle Period and Early Modern World. Wiesbaden: Harrassowitz Verlag, pp. 247-267.

______________ y Thomas Calvo (2012). “El Santo Niño de Cebú entre costa y costa: de Filipinas a Nueva España (1565-1787)”. Lusitania Sacra, 2a Série, t. XXV, enero-junio, pp. 53-72.

Vega Franco, Marisa (1984). El tráfico de esclavos con América (Asientos de Grillo y Lomelín, 1663-1674). Sevilla: Escuela de Estudios Hispanoamericanos.

Wachtel, Nathan (2014). Des archives aux terrains. Essais d’anthropologie historique. París: Le Seuil.

White, Richard (2009). Le middle ground. Indiens, empires et républiques dans la région des Grands Lacs, 1650-1815. Tolouse : Anacharsis.

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Irma Dugelby
Irma Dugelby
3 anos atrás

Esplêndida pesquisa, eu os parabenizo.
É possível carregá-lo nas mídias sociais? É um legado importante para nosso país, deve ser dado a conhecer.
Parabéns.

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